Antes de tudo, tenho que confessar o quão empolgada estou escrevendo meu primeiro post no meu blog! É uma realização e tanto, mal espero a hora de criar novos conteúdos por aqui.
Minha primeira publicação pode ser um tanto quanto óbvia, mas necessária: quem sou eu?. E, para isto, vou unir duas paixões em um objetivo único que é a minha fotografia e escrita.
Registro de quando tinha em torno de 8 anos de idade, já amava registrar tudo ao meu redor por costume.
Poucos sabem, mas meu nome completo mesmo é Rebecca de Arruda Doracio, creio que o próprio nome já diz um pouco da origem italiana, né? Nascida em São Paulo, em um hospital perto da Paulista, tive minhas nascentes artísticas vindas de família. Em específico, me apaguei a fotografia por conta própria, desde pequena já tinha tornado um hábito comum registrar os lugares ao meu redor e foi no ano de 2021 a certeza que era isto que queria. E, bem, desde então abri uma porta que mal saberia o que me esperava.
A caminho da carreira profissional
De início, a fotografia era um hobby em que costumava fazer autorretratos com o objetivo de melhorar minha autoestima na pré-adolescência. Aos poucos, tornou-se uma forma de lidar com o diagnóstico de ansiedade que já enfrentava. Se você procura uma forma terapêutica de lidar com sua ansiedade e depressão, a fotografia é uma ótima ferramenta para isso, pois através dela consegui enxergar as cores do cotidiano e me manter presente e viva naquele momento.
Naquela época e até hoje, é raro encontrar pessoas que nascem, crescem e afirmam sem dúvidas que seguirão a carreira de fotografia. Durante o período escolar e a pandemia, não conhecia pessoas que pensassem em fazer graduação em fotografia, e na busca por aceitação social, considerava cursar Comércio Exterior ou Engenharia Civil. Poucas pessoas compreendiam a conexão que eu tinha com a fotografia.
No entanto, a pandemia chegou e muitos assuntos foram esclarecidos. O isolamento não contribuiu muito para a saúde mental, nem a minha nem a de muitos, e, claro, a fotografia permaneceu extremamente presente nesse período. Foi nesse momento que, com meu primeiro salário, comprei minha primeira câmera: uma Nikon D5200 semi-usada. Nunca me esquecerei da primeira vez que a segurei, foi um dos dias mais importantes da minha vida.
Passaram-se dois anos e a pandemia ainda persistia. Naquela época, não era possível saber se ela estava chegando ao fim (o que acabou acontecendo) e eu precisava escolher um curso para fazer na universidade. Fiquei em dúvida entre seguir algo que outros queriam ou seguir o que eu realmente desejava. Minha mãe me disse certa vez:
Quem faz o "x" na inscrição é você, não os outros.
E, a partir daí, torna-se um tanto óbvio para vocês o caminho que escolhi: busquei minha graduação em Fotografia na Belas Artes.
Registro da biblioteca da Universidade Belas Artes no dia 4 de Março de 2022.
Meus trabalhos
Não poderia deixar de dedicar um tópico da minha biografia apenas para os meus trabalhos e seus destaques.
Para os curiosos de plantão: mencionei que comecei minha jornada na fotografia através de autorretratos e, bem, desde então nunca parei! Para ser sincera, é um hábito que me faz muito bem mental e profissionalmente, afinal, gosto de me colocar na posição dos meus clientes para proporcionar sempre a melhor experiência durante um ensaio.
Com anos de envolvimento na fotografia, é inevitável a formação de uma identidade visual e a especialização em um nicho mais específico de atuação. Por isso, afirmo que minha especialização está na área de retratos, tanto masculinos quanto femininos. Percebi que através do meu olhar tenho a capacidade de capturar expressões únicas que fazem a diferença para as pessoas. Fico encantada ao observar a singularidade de cada indivíduo e poder contar suas histórias. É importante ressaltar que, no campo dos retratos, englobo vários estilos fotográficos, como o corporativo, poético, autoral, artístico, entre outros, os quais realizo com grande prazer.
Falando mais a fundo sobre minha identidade visual, sou reconhecida pelo caráter atemporal e natural das minhas imagens. Além disso, é importante mencionar que tenho um interesse especial pela fotografia de moda, a qual me proporcionou grandes conquistas na minha carreira, como 10 publicações em revistas internacionais. Diria que esse é um dos benefícios ao me contratar, devido a esse olhar diferenciado.
Outro ponto importante a mencionar são os destaques durante meu período universitário, nos quais participei de 3 exposições com trabalhos autorais e cheguei a concorrer a uma bolsa de estudos no Canadá devido ao meu trabalho no primeiro semestre.
Exposição de fotografia autoral “TORSO”, 2023.
Tenho certeza de que isso é apenas o início da minha carreira. Estou ansiosa para o que o futuro reserva!
A foto e a fotógrafa
Uma das coisas que mais gosto na nossa geração é a valorização dos processos por trás daquilo que adquirimos.
O que está por trás daquele resultado? Quais são seus bastidores? O que há por trás de um olhar?
Autorretrato de 2022.
Ao contrário do que muitos pensam, a fotografia não é apenas prática: há uma parte conceitual e teórica bem fundamentada. Alguns exemplos disso seriam: a compreensão antropológica das imagens intencionais, ou imagens pensantes, e a própria história da origem das câmeras profissionais e seus pioneiros. E tudo isso está inserido na minha fotografia.
Quando falamos da foto e da fotógrafa, estamos abordando justamente a questão das imagens intencionais. Toda imagem, mesmo que inconsciente, tem uma intenção, pois nossos olhares correspondem a ideias, pensamentos, realidades e referências de nossos subconscientes e conscientes; não há como separar uma coisa da outra.
Outro ponto importante de se compreender é que as imagens são pensantes. Acredito que uma fotografia de qualidade e conteudista é aquela que fala por si só através de elementos visuais, então torna-se fundamental que as imagens sejam pensadas e possam ser encaradas pelo público como um pensamento prevalente ali.
A partir disso, te pergunto:
Qual olhar você quer ter sobre si na hora de ser fotografado/a?
É neste momento que explico que a escolha do profissional da fotografia não se limita à estética, mas também se ele possui toda essa bagagem de conhecimento e o que ele proporciona em seu olhar para você. Lembre-se de que uma boa foto não deve ser vazia; afinal, qual seria seu diferencial ao tê-la para você?
Hoje em dia, o mundo é das imagens. Tudo gira ao redor de uma pré-visualização de produtos e serviços, os comércios não têm escapatórias além de investir nisso, pois colocar nas mãos de profissionais de tal área é turbinar o potencial de sua imagem com conteúdos qualificados e pensados. Uma fotografia vazia é também uma foto sem conteúdo, e convenhamos que há muito disso nas redes sociais. Se quer ter seu diferencial em um universo de visores sociais por todos os cantos, o que te potencializará para ser visualizado pelos outros será uma imagem pensada.
Conto esses fatos a vocês porque este é um dos bastidores por trás das minhas lentes. Sou uma pessoa extremamente reflexiva e consciente do meu olhar, são esses elementos que se vinculam ao falar da minha fotografia.
Meu propósito na fotografia sempre será registrar a essência verdadeira, seja qual for o objetivo da cena. Minhas imagens são pensadas, criativas, inovadoras e atemporais. Através de todo meu estudo e formação, sempre irei trazer com paixão e honestidade uma fotografia de valor, com qualidade de imagem e também de conteúdo.
Ufa! Acabou
Acho que deu para perceber que amo escrever, né? Este post foi feito para aqueles curiosos, como eu, que gostam de entender mais a fundo o trabalho por trás das lentes.
Espero que gostem deste novo início deste ciclo que não se definirá somente em imagens, mas também por palavras. Posso afirmar que posso proporcionar bastante neste mundo da fotografia, estarei sempre lutando por ela!
Até em breve, Re
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